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Um '''''cartoon''''', '''cartune''' ou '''cartum''' é um [[desenho]] [[humor]]ístico, [[desenho animado|animado]] ou não, de caráter extremamente crítico, que retrata, muito sinteticamente, algo que envolve o [[Cotidiano|dia a dia]] de uma [[sociedade]].<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 361.</ref> |
Um '''''cartoon''''', '''cartune''' ou '''cartum''' é um [[desenho]] [[humor]]ístico, [[desenho animado|animado]] ou não, de caráter extremamente crítico, que retrata, muito sinteticamente, algo que envolve o [[Cotidiano|dia a dia]] de uma [[sociedade]].<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 361.</ref> O significado específico evoluiu com o tempo, mas o uso moderno geralmente se refere a: uma imagem ou série de imagens destinadas a sátira, [[caricatura]] ou [[humor]]; ou um filme que se baseia em uma sequência de ilustrações para sua [[animação]]. Alguém que cria cartuns no primeiro sentido é chamado de [[cartunista]]. |
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O conceito se originou na [[Idade Média]] e primeiro descreveu um desenho preparatório para uma obra de arte, como uma pintura, afresco, tapeçaria ou vitral. No século XIX, começando na revista [[Punch (revista)|Punch]] em 1843, o cartoon passou a se referir - ironicamente a princípio - a ilustrações engraçadas em revistas e jornais. No início do século XX, começou a se referir a filmes de animação que pareciam desenhos animados impressos.<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/850789465|título=Comic art in America : a social history of the funnies, the political cartoons, magazine humor, sporting cartoons and animated cartoons|ultimo=Becker, Stephen D., 1927-|data=1959|editora=Simon & Schuster|oclc=850789465}}</ref> |
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O termo é de origem [[Reino Unido|britânica]], e foi pela primeira vez utilizado neste contexto na [[década de 1840]], quando a [[revista Punch|revista ''Punch'']] publicou uma série de [[charge]]s que parodiavam estudos para os [[afresco]]s do [[Palácio de Westminster]], adaptados para [[Sátira|satirizar]] acontecimentos da política contemporânea. Esse costume data de 1843, quando a ''Punch'' utilizou o termo para se referir a desenhos satíricos de [[John Leech]].<ref>{{en}} {{citar web|último =Punch.co.uk|título=History of the Cartoon|url=http://punch.co.uk/cartoonhistory02.html}}</ref> O significado original da palavra ''cartoon'' é "estudo", ou "esboço". |
O termo é de origem [[Reino Unido|britânica]], e foi pela primeira vez utilizado neste contexto na [[década de 1840]], quando a [[revista Punch|revista ''Punch'']] publicou uma série de [[charge]]s que parodiavam estudos para os [[afresco]]s do [[Palácio de Westminster]], adaptados para [[Sátira|satirizar]] acontecimentos da política contemporânea. Esse costume data de 1843, quando a ''Punch'' utilizou o termo para se referir a desenhos satíricos de [[John Leech]].<ref>{{en}} {{citar web|último =Punch.co.uk|título=History of the Cartoon|url=http://punch.co.uk/cartoonhistory02.html}}</ref> O significado original da palavra ''cartoon'' é "estudo", ou "esboço". |
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Cartoons e [[charge]]s são ''gags'' visuais, contudo, a charge satiriza um acontecimento atual.<ref>{{citar livro|autor=[[Edgar Franco]]|título= |
Cartoons e [[charge]]s são ''gags'' visuais, contudo, a charge satiriza um acontecimento atual.<ref>{{citar livro|autor=[[Edgar Franco]]|título=HQtrônicas: do suporte papel à rede Internet|editora=Annablume|ano=2004|páginas=23, 24 e 25|isbn= 9788574194769}}</ref> Assim como as [[tira diária|tiras diárias]] e as [[pranchas dominicais]], os cartuns também podem ser distribuídos pelos ''[[syndicate]]s''.<ref name="black">{{citar livro|autor=Bernard A. Drew|título=Black Stereotypes in Popular Series Fiction, 1851-1955: Jim Crow Era Authors and Their Characters|editora=McFarland|ano=2015|páginas=107|isbn= 9780786474103}}</ref> |
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== Animação == |
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Por causa das semelhanças de estilo entre as [[tira de jornal|tiras de jornal]] e os primeiros [[curta-metragem|curta-metragens]] de [[animação]], o termo "cartoon" é usado tanto para o estilo de ilustração, quanto para animação.<ref>Walasek, Helen (2009). The Best of Punch Cartoons: 2,000 Humor Classics. England: Overlook Press. 116 p. ISBN 1590203089</ref> |
Por causa das semelhanças de estilo entre as [[tira de jornal|tiras de jornal]] e os primeiros [[curta-metragem|curta-metragens]] de [[animação]], o termo "cartoon" é usado tanto para o estilo de ilustração, quanto para animação.<ref>Walasek, Helen (2009). The Best of Punch Cartoons: 2,000 Humor Classics. England: Overlook Press. 116 p. ISBN 1590203089</ref> |
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Enquanto animação designa qualquer estilo de imagem ilustrada, exibida rapidamente para indicar movimento, a palavra "cartoon" é mais frequentemente usada como um descritor para programas de televisão e filmes de [[curta metragem]] dirigidos ao público infantil, eventualmente com animais antropomorfizados e [[super-herói]]s. |
Enquanto animação designa qualquer estilo de imagem ilustrada, exibida rapidamente para indicar movimento, a palavra "cartoon" é mais frequentemente usada como um descritor para programas de televisão e filmes de [[curta metragem]] dirigidos ao público infantil, eventualmente com animais antropomorfizados<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/318240446|título=The animated bestiary : animals, cartoons, and culture|ultimo=Wells, Paul, 1961-|data=2009|editora=Rutgers University Press|local=New Brunswick, N.J.|oclc=318240446}}</ref> e [[super-herói]]s. |
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Na década de 1980, o cartoon foi reduzido para toon, referindo-se a personagens de produções animadas. Esse termo foi popularizado em 1988 pelo filme [[Who Framed Roger Rabbit]], que combinou [[live-action]] e animação, seguido em 1990 pela série de TV animada [[Tiny Toon Adventures]]. |
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* Rodrigo Patto Sá Motta. ''Jango e o golpe de 1964 na caricatura''. [[Jorge Zahar Editor]]. 2006. ISBN 9788571109483. |
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* Manuel Carlos Chaparro. ''Sotaques D'Aquém E D'Além Mar: Travessias Para Uma Nova Teoria de Gêneros Jornalísticos''. Grupo Editorial Summus. |
* Manuel Carlos Chaparro. ''Sotaques D'Aquém E D'Além Mar: Travessias Para Uma Nova Teoria de Gêneros Jornalísticos''. Grupo Editorial Summus. 2008. ISBN 9788532305046. |
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Edição atual tal como às 13h42min de 30 de março de 2024
Um cartoon, cartune ou cartum é um desenho humorístico, animado ou não, de caráter extremamente crítico, que retrata, muito sinteticamente, algo que envolve o dia a dia de uma sociedade.[1] O significado específico evoluiu com o tempo, mas o uso moderno geralmente se refere a: uma imagem ou série de imagens destinadas a sátira, caricatura ou humor; ou um filme que se baseia em uma sequência de ilustrações para sua animação. Alguém que cria cartuns no primeiro sentido é chamado de cartunista.
O conceito se originou na Idade Média e primeiro descreveu um desenho preparatório para uma obra de arte, como uma pintura, afresco, tapeçaria ou vitral. No século XIX, começando na revista Punch em 1843, o cartoon passou a se referir - ironicamente a princípio - a ilustrações engraçadas em revistas e jornais. No início do século XX, começou a se referir a filmes de animação que pareciam desenhos animados impressos.[2]
História
[editar | editar código-fonte]O termo é de origem britânica, e foi pela primeira vez utilizado neste contexto na década de 1840, quando a revista Punch publicou uma série de charges que parodiavam estudos para os afrescos do Palácio de Westminster, adaptados para satirizar acontecimentos da política contemporânea. Esse costume data de 1843, quando a Punch utilizou o termo para se referir a desenhos satíricos de John Leech.[3] O significado original da palavra cartoon é "estudo", ou "esboço".
Este tipo de desenho é, ainda, considerado uma forma de comédia, e mantém o seu espaço na imprensa escrita atual. Na imprensa escrita moderna, o cartoon aparece como uma obra de arte, geralmente com intenção de humor.[4]
Cartoons e charges são gags visuais, contudo, a charge satiriza um acontecimento atual.[5] Assim como as tiras diárias e as pranchas dominicais, os cartuns também podem ser distribuídos pelos syndicates.[6]
Animação
[editar | editar código-fonte]Por causa das semelhanças de estilo entre as tiras de jornal e os primeiros curta-metragens de animação, o termo "cartoon" é usado tanto para o estilo de ilustração, quanto para animação.[7]
Enquanto animação designa qualquer estilo de imagem ilustrada, exibida rapidamente para indicar movimento, a palavra "cartoon" é mais frequentemente usada como um descritor para programas de televisão e filmes de curta metragem dirigidos ao público infantil, eventualmente com animais antropomorfizados[8] e super-heróis.
Na década de 1980, o cartoon foi reduzido para toon, referindo-se a personagens de produções animadas. Esse termo foi popularizado em 1988 pelo filme Who Framed Roger Rabbit, que combinou live-action e animação, seguido em 1990 pela série de TV animada Tiny Toon Adventures.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 361.
- ↑ Becker, Stephen D., 1927- (1959). Comic art in America : a social history of the funnies, the political cartoons, magazine humor, sporting cartoons and animated cartoons. [S.l.]: Simon & Schuster. OCLC 850789465
- ↑ (em inglês) Punch.co.uk. «History of the Cartoon»
- ↑ Paulo Ramos (março de 2016). «Tira, charge e cartum: Afinal, o que são? - Parte 2». Editora Escala. Conhecimento Prático Língua Portuguesa (58)
- ↑ Edgar Franco (2004). HQtrônicas: do suporte papel à rede Internet. [S.l.]: Annablume. pp. 23, 24 e 25. ISBN 9788574194769
- ↑ Bernard A. Drew (2015). Black Stereotypes in Popular Series Fiction, 1851-1955: Jim Crow Era Authors and Their Characters. [S.l.]: McFarland. 107 páginas. ISBN 9780786474103
- ↑ Walasek, Helen (2009). The Best of Punch Cartoons: 2,000 Humor Classics. England: Overlook Press. 116 p. ISBN 1590203089
- ↑ Wells, Paul, 1961- (2009). The animated bestiary : animals, cartoons, and culture. New Brunswick, N.J.: Rutgers University Press. OCLC 318240446
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Rodrigo Patto Sá Motta. Jango e o golpe de 1964 na caricatura. Jorge Zahar Editor. 2006. ISBN 9788571109483.
- Manuel Carlos Chaparro. Sotaques D'Aquém E D'Além Mar: Travessias Para Uma Nova Teoria de Gêneros Jornalísticos. Grupo Editorial Summus. 2008. ISBN 9788532305046.