"masculinity is a prison from which you will never escape even though the key is & always has been in your hands"
]]>Meu primeiro contato com Drácula veio através do filme do Mel Brooks, de 1995, que faz fortes referencias a essa intepretação específica do vampirão. Recentemente assisti com meu sobrinho o filme Hotel Transilvânia, cujo protagonista também bebe do legado deixado por Bela Lugosi em 1931. Talvez esse seja o caso de um filme tão repetidamente parodiado que o original perde a sua força? Não sei. Talvez soe assim porque assisti imediatamente após Nosferatu - o de 1922 - que me pareceu bem mais interessante e genuinamente assustador. Mas acho que mesmo comparando com outros filmes da mesma época, no mesmo contexto (o exemplo mais interessante pra mim seria Frankenstein, que foi lançado no mesmo ano pelo mesmo estúdio), Dracula passa despercebido, pouco inspirado, menos interessante.
O que se destaca aqui é a iconografia do Dracula, o figurino que segue sendo referenciado e parodiado até hoje e, claro, a interpretação de Bela Lugosi, a brancona dos olhos terríveis, que acredito ser o que inaugura a representação de Dracula como uma criatura mais sedutora do que monstruosa, em especial se comparado ao livro, mas posso estar enganado.
]]>foi legal de assistir mas não tenho paciência pra esses papinho chato de americano
]]>ser gay é complicado, ser fudido é complicado e viver no capitalismo sendo fudido complica pra caralho as nossas relações.
"baby" tem muito em comum com "'corpo elétrico", não só por ambos terem o mesmo diretor, mas pela captura do cotidiano queer urbano em meio às mazelas e violências que marcam nossas escolhas. vejo em baby um filme mais maduro, onde as intersecções de classe e raça são mais marcadas, mais complicadas e mais interessantes. em meio à dureza da vida, em meio a escolhas que não parecem escolhas, o prazer persiste como algo inerentemenente humano.
lindo filme.
]]>"o medo rondava cada esquina da cidade. quem estava saudável? quem estava doente?"
nenhum vampiro é hetero.
]]>primeira vez que assisti de novo em 20 anos, bom demais
]]>amo robôs desobedientes
]]>primeira vez que assisti de novo desde provavelmente 2002 ou 2003. lembrava vagamente de algum comentário social sobre crise energética e extrativismo, mas não lembrava de ser tão direto. claro que a alegoria vai até certo ponto e por mim tudo bem, já foi até mais do que achei que poderia ir. é bem legal mesmo assim.
falei um pouco mais no video
youtu.be/X28gzRwTsoE
não estava esperando chico bento lider da resistência camponesa, protetor da agricultura familiar
]]>"eu sei o que é existir entre as certezas do mundo"
me diverti muito assistindo e terminei com um nó na garganta dos bons. trilha sonora massa. texto bom. muito bem feito. gênero: homens poderosos de vestido fofocando em salas e corredores bonitos.
]]>ai gente eu meio que amo?
]]>"a bromélia pra ficar bonita tem que sofrer"
tem algo muito familiar nesse filme para além das dinâmicas... familiares, dos conflitos geracionais, da vivência periférica e da tábua que serve de apoio pra passar por cima da lama.
pra mim essa leveza cercada de crueza, essa doçura o tempo todo interrompida pela asperidade, junto com um senso de temporalidade muito específico e uma piscadinha sociológica faz parte de um jeitinho tão brasileiro de fazer filme. latino-americano, quem sabe. acho que tem um gênero cinematográfico nosso aí que talvez não tenha nome ainda. não é uma dramédia (parece até vulgar usar esse termo). não é uma "comédia sombria" ou algo que o valha. não é uma combinação de terminologias, é algo próprio e único e que se faz muito bem por aqui há muitos anos. é uma tradição cinematográfica nossa na qual Malu se insere de forma magistral.
não lembro quem foi que eu vi dizer esses dias que, na falta de termos mais adequados e historicamente contextualizados, o cinema latino-americano tende a ser categorizado como "drama". não tem nada de inerentemenente errado em chamar de drama, mas dá pra sofisticar esse vocabulário aí. temos gêneros próprios.
enfim, me acabei de chorar, mas ri demais também. me envolvi tanto com essa família. vi tantos dos meus ali. me senti meio malu, meio jujuca, meio tibira. quantas pessoas incríveis, complicadas e totalmente bagunçadas. que delícia. acho que é o melhor filme que eu vi esse ano. precisava estar em muito, muito, muito mais salas de cinema.
]]>que demais esse filme! que personagem incrível, quantas camadas, que universo interessante, que mundo rico! um dos melhores do ano com certeza!
]]>interessante assistir depois de "Ainda Estou Aqui". quando eu postar o vídeo jogo o link aqui.
]]>Watched on Tuesday November 19, 2024.
]]>impossível não torcer por Sofia e suas comparsas. abelhas operárias, porém diversas e complicadas. filme bom pra acreditar em sonho que se sonha coletivamente e pra querer bater em idoso (hipoteticamente)
]]>This review may contain spoilers.
DISCUSSAO MAIS ELABORADA NO VÍDEO:
youtu.be/tutZaBgUDIs
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Não dá pra negar o trabalho impecável de encenação aqui. é impressionante como parece que são duas casas completamente diferentes, uma antes e outra depois da prisão de Rubens. quem assiste tem uma percepção espacial muito precisa dessa casa, onde fica cada cômodo, quais momentos aconteceram em cada lugar. sou muito fascinado por filmes que constroem esse senso espacial. chamou minha atenção que muito da história é contado através de portas, fechadas ou entreabertas, personagens enquadrados por portas, observando o outro lado de uma porta. mesmo a filha que vive fora do país está fascinada pelas portas de outras casas. é muito legal ir percebendo essas coisinhas.
Fernanda Torres vive o melhor papel de sua carreira. Ela é foda e merece ser muito premiada. Não tenho muito a dizer além disso.
A nota não tão alta aqui é porque pra mim é difícil não pensar na forma como se fala sobre ditadura no Brasil, nas histórias que são consideradas dignas de virarem um filme dirigido por um dos cineastas mais ricos do mundo. As dores da ditadura que são merecedoras de luto coletivo são as das famílias perfeitas, onde o convívio é harmônico e todos são felizes e descomplicados até a ditadura bater na porta de casa. "Um pai de família", exclama Eunice pro jornalista. E se não fosse?
8350 indígenas foram mortos pela ditadura militar no Brasil, de acordo com a Comissão Nacional da Verdade. Esse é o número oficial, as mortes registradas. Sem falar nos grupos de extermínio que aterrorizam favelas até hoje. Essas mortes não merecem ser sentidas? Com isso não digo que o filme precisava incluir essas mortes. O filme não precisava nada. Mas é interessante que a obra que se propõe a contar a história de uma ativista de direitos humanos e direitos indígenas não se preocupe com essa parte da biografia dela, que aparece como uma vírgula no final de sua história. São escolhas, certo? São enquadramentos possíveis. Existem muitas maneiras de contar sobre a vida de alguém. Essa foi a escolhida aqui.
ALSO: o militar bonzinho vai assombrar todas as minhas noites.
]]>como que pode isso
]]>pelo direito ao aborto seguro
]]>o exercício é interessante, tem alguns bons momentos, alguns bons usos da linguagem televisiva a serviço do terror. gosto dos movimentos e ângulos de camera enquanto o programa tá no ar, gosto menos das cenas de "making of" porque senti que o exercício de linguagem ficou mais pobre nesses momentos. acho que pra quem assistiu tv brasileira nos anos 90, não deve assustar tanto, mas ainda assim tem algo interessante aí. genuinamente gostaria de ver esse filme virar uma antologia com diferentes formatos televisivos adaptados pra diferentes tipo de horror.
]]>Watched on Wednesday October 9, 2024.
]]>Watched on Tuesday October 8, 2024.
]]>uma camada de tecnologia "disruptiva" numa sociedade desigual só reproduz desigualdade né, o pessoal vem comentando isso
]]>Comparações com Antes do Amanhecer fazem muito sentido, mas, com todo respeito ao filme do Linklater, O Dia Que Te Conheci é tão mais interessante.
Primeiro, claro, por ser preto, brasileiro e latino-americano, suburbano e urbano, mas não é só isso. Tem uma sofisticação absurda na simplicidade da história de um casal que se "conhece" e se conecta em meio à brutalidade da vida mundana, do ônibus quebrado, do ambiente de trabalho degradante ("escola filha da puta", se me lembro bem), do trânsito que segrega a cidade e as vidas de quem vive nela, do pneu furado, do medo da morte, das receitas médicas e dos transtornos psicóticos mencionados casualmente entre goles de cerveja. Me tocou de muitas formas, em especial enquanto pessoa que também ama em meio a uma realidade dura, a contas a pagar e a fumaça de mata atlântica.
Muito a pensar e dizer sobre esse filme tão bonito, mas uma das coisas que mais me pegou, é que o ele é SEXY. Sexy porque dá pra sentir com força a atração entre os personagens (que provavelmente só pôde vir à tona quando eles deixaram de ser colegas de trabalho ou algo assim), mas sexy também porque, novamente, com todo respeito a Linklater, Ethan Hawke e Julie Delpy e zero respeito à cidade de Paris (que nunca conheci), o amor e o tesão vividos numa cidade latino-americana são absurdamente mais sexy.
]]>que delícia de filme! coisa linda
]]>"os insultos não aderem a minha pele"
]]>Frankenstein + O retrato de Dorian Gray + A Morte lhe Cai Bem numa espécie de versao body horror da história da Branca de Neve Vs. Rainha Má feita por alguém que leu A psicanálise dos Contos de Fadas, do Bruno Bettlehein depois de baforar muito, muito MUITO loló. A substância era loló, no fim das contas. Amei o filme
]]>pensando muito nisso aqui desde ontem. não é que é difícil sacar a conexão entre as duas histórias, mas ir percebendo ou repercebendo pequenos detalhes, construindo essas conexões por conta própria independente da intenção da obra deixou a experiência mais forte pra mim. hoje me peguei pensando que em ambas as histórias tem uma mae perdida de um filho ou um filho perdido da mãe, ambas tem um momento importante de conexão entre os personagens ao redor do fogo, ambas lidam com tecnologia ou a falta dela. toda hora um detalhe me vinha na memória e o filme foi ficando comigo durante todo o dia. filme bom é assim né.
]]>já está garantido o Oscar do Brasil na categoria melhor cena de Bruna Linzmeyer dançando Nicolas Jaar
]]>bobajada sem graça, sem carisma, sem nada interessante e atores ruins
]]>nem no mais profundo vazio do espaço estamos livres do capitalismo
]]>virgens suicidas para quem cicla
]]>o final é anticlimático, mas é interessante à sua maneira, tem seu valor. achei o universo tão rico, tão interessante, queria ter visto mais, queria mais e poderia ter sido mais eu acho, mas ainda assim tem muito a ser apreciado aqui. é bonito, é sexy, tem tesão, tem vida, suor e sonhos. se fosse mais gay eu dava 5 estrelas.
]]>literalmente passei mal de angústia no final. que dor, meu deus.
]]>fantástico, sublime, absurdo, encantador e devastador
]]>que coisa mais linda, gênero É performance
]]>surpreendentemente gay, mas poderia ser mais. se fosse mais gay, eu dava mais estrelas.
]]>fudido
]]>sotaque HORROROSO de guta stresser
]]>as imagens são bonitas
]]>parece diferente e é diferente, mas não tão diferente assim. vejo como um outro recorte do mesmo mundo do filme anterior, um outro olhar sobre a mesma realidade. achei bonito a forma como as crianças tentam construir coletivamente sua própria história e se esforçam pra não esquecer o passado. conecta bem com o segundo filme, mas expande pra abranger outras temáticas. obviamente não é tão caótico quando o 2 e é um pouco" Mad Max: só para baixinhos", uma versão mais higienizada da franquia, mas tem sua beleza, tem algo genuíno sendo mostrado tb. eu gostei.
ps: me lembrei o tempo todo da caracterização dos garotos perdidos de Hook (1991). pareceu pra mim que o spielberg pegou algumas inspirações daqui ou vai ver os dois filmes se inspiraram em algo anterior que eu não conheço.
]]>entre o "fora temer" e o "ele não", um delírio psicossexual, uma distopia estética, mulheres gritando, sangrando, se beijando e profanando. lindo isso.
]]>que perigo e que delícia
]]>uma delícia, deve ser muito bom ser homossexual
]]>durante uma boa parte da minha vida eu tb me disfarcei de outra mulher. eu tb caí algumas vezes, por isso me identifiquei com a história.
]]>um filme de zumbi sem zumbi
]]>lindo lindo lindo, uma coisa meio linklater meets america latina. ser jovem é lindo e doloroso e lindo. o cinema brasileiro é fabuloso, o cinema nordestino é mágico!
]]>a complicada vida amorosa de uma mulher lésbica
]]>me lembrei muito de "o quarto do pânico", do david fincher, deu vontade de rever até. óbvio que aqui temos um comentario social muito mais sofisticado, toda a discussão sobre conflito de terra e as intersecçoes entre raça, classe, gênero e território enquanto o lugar seguro, "protegido" das contradições do mundo se torna a ruína da burguesia. é babado.
]]>tudo muda
]]>tarefa de casa
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